O que você procura?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Guia Nutricional para Gestante e Lactante

Nutrição saudável e equilibrada para o bom desenvolvimento do bebê

 
A nutrição desempenha um papel importante durante a gestação. Esse período, de significativa alteração do metabolismo e alta demanda de energia, necessita de quantidades adicionais de proteínas, vitaminas e minerais. Uma nutrição deficiente pode causar prejuízos à mãe e ao bebê, desde os estágios iniciais até o final da gestação, comprometendo, inclusive, o sucesso da amamentação. Seguindo-se uma orientação nutricional adequada, reduzem-se as complicações na gravidez e no parto e vêm à luz bebês mais saudáveis, com maior resist6encia às doenças. A opinião dos especialistas é unânime; os cuidados com a alimentação devem se iniciar o mais cedo possível, evitando-se assim, complicações maternas, bem como problemas de deficiência de crescimento do bebê e baixo peso ao nascer. A gestante bem informada sobre a nutrição adequada para o bom desenvolvimento da gravidez e do bebê fica mais segura e tranqüila durante esse período repleto de surpresas e descobertas.


CALORIAS
As necessidades calóricas da gestante variam conforme o peso, antes e durante a gravidez, e de acordo com o nível de atividade física e o aumento do metabolismo basal. Geralmente, durante o primeiro trimestre (até 12 semanas), o corpo não precisa de aumento calórico. Isso somente ocorrerá a partir do 2o trimestre (12a a 24a semana), quando o gasto de energia eleva-se a aproximadamente 300 calorias por dia. Entretanto, não há necessidade de dobrar a quantidade de alimentos ingeridos, porque esse aumento equivale a apenas um pão francês com duas fatias de queijo, ou a um copo de leite batido com aveia e banana, ou ainda a um filé de frango com duas colheres de purê de batatas.

 
MINERAIS
Os minerais são elementos importantes para a manutenção de várias funções do organismo materno e fetal, dentre eles podemos destacar:

 
FERRO: essencial para a formação de hemácias (glóbulos vermelhos) e para o transporte e armazenamento do oxigênio no sangue. Sua carência provoca anemia. As principais fontes de ferro são: fígado; carne bovina; carne branca; gema de ovo; feijão e verduras. Durante a gestação é importante consumir ferro para prevenir a anemia e suas graves conseqüências, como o parto prematuro; o baixo peso do bebê e o risco de morte da mãe. Para melhorar a absorção de ferro, é importante o consumo simultâneo de alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, tomate, couve-flor e verduras. Devem-se evitar alimentos que contenham alto teor de cálcio na mesma refeição, pois este reduz a absorção do ferro pelo organismo.
CÁLCIO: participa da formação e manutenção dos ossos e dentes, ajuda a regular os batimentos cardíacos, a contração muscular e facilita a coagulação sanguínea. Se a gestante não consumir quantidades suficientes de cálcio, poderá ter gengivite, câimbras e prejudicar a formação óssea e dentária do feto. Durante a amamentação há tendência à descalcificação dos ossos da mãe, porque o organismo, sabiamente, prioriza o cálcio para a produção do leite. As principais fontes de cálcio são o leite e derivados, tofú, salmão, sardinha, semente de gergelim, amêndoas e hortaliças verde-escuras.
ZINCO: antioxidante que aumenta a resistência e evita o cansaço. É encontrado em carnes magras, frutos do mar, iogurte, gérmen de trigo, levedura de cerveja, cereais, espinafre, cogumelos, sementes de girassol, etc. Alguns transtornos e surpresas, como aborto espontâneo, parto prematuro, malformações e baixo peso do bebê, estão associados à deficiência de zinco na gravidez.

 
VITAMINAS
As vitaminas são substâncias orgânicas presentes em pequena quantidade nos alimentos naturais e necessárias para o funcionamento normal do metabolismo. Sua carência na dieta pode causar doenças. Como as células não conseguem produzi-las, devem ser obtidas em fontes alimentares ou suplementos nutricionais.

 
FOLATO (ácido fólico): vitamina hidrossolúvel que atua na formação de hemácias e proteínas estruturais. Desde a pré-concepção já é recomendado o aumento da ingestão de alimentos ricos em ácido fólico, que é essencial para a divisão celular e importante durante todo período gestacional.
Entre os problemas ocasionados por sua deficiência, está a espinha bífida, decorrente do desenvolvimento anormal do sistema nervoso central do bebê. Como a maioria das vitaminas hidrossolúveis, o excesso de folato ingerido é excretado pelo organismo.
Para garantir o fornecimento de ácido fólico, é importante comer alimentos como brócolis, feijões, lentilhas, ervilhas, arroz integral, nozes e castanhas, etc. Essa recomendação vale também para as mulheres que estão se preparando para a futura gestação.
IMPORTANTE: os alimentos que relacionamos acima podem fornecer cerca de 40% das necessidades de ácido fólico em uma dieta normal e variada. O restante deve ser suprido pelo suplemento vitamínico e mineral recomendado pelo médico.
VITAMINA A: são vários os benefícios dessa vitamina: participa do processo de formação do sistema ótico, reforça o sistema imunológico da gestante, garante a manutenção da pele e mucosas do bebê e da gestante, auxilia o desenvolvimento celular, o crescimento ósseo e a formação dentária.
É encontrada no leite e derivados, na gema de ovo, fígado, folhas verde-escuras, batata doce e em muitas frutas e vegetais amarelo-alaranjados como laranja, manga, mamão e abóbora.
VITAMINA C: antioxidante bem conhecido, fundamental para a formação do colágeno, que compõe a pele, ossos, cartilagens e vasos sanguíneos, além de auxiliar a absorção de ferro e fortalecer o sistema imunológico. Várias frutas e vegetais são fontes dessa vitamina: laranja, acerola, caju, goiaba, beterraba, espinafre e repolho.
VITAMINA E: importante antioxidante que protege as membranas celulares e age contra o envelhecimento. Amêndoa, avelã e óleos vegetais, especialmente de milho, soja e girassol, são ricos em vitamina E.
VITAMINA D: responsável pelo bom desenvolvimento dos ossos, pois auxilia a absorção do cálcio do bebê e da mamãe. A exposição ao sol se constitui em fonte natural dessa vitamina. Também é encontrada na gema de ovo, bacalhau, leite e derivados.
VITAMINAS DO COMPLEXO B (B1, B2, B3, B6, B9, B12): todas são importantes durante a gestação, desempenhando funções fundamentais, como estimulação do crescimento, renovação e multiplicação das células.

Tabela Chinesa

A tabela chinesa é conhecida há mais de 100 anos e é famosa por ”adivinhar” o sexo do seu bebê. Claro que existem pessoas que acreditam e pessoas que não acreditam nesta tabela, por isso não é uma regra que serve para todas as mulheres.
  Conta a lenda que essa tabela foi enterrada em uma tumba da família real chinesa há 700 anos. Atualmente a original está no Instituto de Ciência de Pekin. Quando bem usada, acerta em 93% dos casos. No entanto, não há estudos científicos a respeito. 
  Para fazer o teste, as regras são as seguintes: Se você nasceu em qualquer mês do ano, menos Janeiro e Fevereiro, a sua idade lunar é a sua idade atual + 1. Exemplo: Se você nasceu em 20 de Maio de 1980, sua idade real é 30 anos e sua idade lunar é 31. Mas se você nasceu em Janeiro ou Fevereiro, sua idade lunar é igual a sua idade real.

H=Homem
M=Mulher

Calculei o meu e comigo deu super certo! Vocês podem fazer só por curiosidade, pra ver se dá certo mesmo ou pode até ajudar as futuras mamães a descobrir o sexo antes mesmo do bebê nascer.
Quero saber os resultados, hein?

Beijos e até mais!

Esquema de Alimentação do bebê



Boa Alimentação: Quantidade correta + Qualidade + Consistência de acordo com a idade.

Até os 6 meses de idade: Somente leite materno

Após os 6 meses de idade: Introdução gradual de novos alimentos


Observações importantes:

- Ao completar 6 meses de idade, a introdução de alimentação complementar não deve ser opcional. O bebê deve ingerir outros alimentos para seu correto desenvolvimento, pois nesse período, só o leite já não supre todas as necessidades nutricionais do bebê.

- Oferecer os novos alimentos aos poucos para melhor adaptação do bebê;

- Após o período de adaptação, usar todos os grupos alimentares em cada refeição, de 4 a 5 tipos;

- Os alimentos devem ser testados aos poucos, sendo necessário experimentar de 8 a 10 vezes o mesmo alimento para que se possa avaliar a sua aceitação;

- Observar sempre o desenvolvimento do bebê para mudança na consistência dos alimentos. Por exemplo, se o bebê já tem dentes, não precisa de papa muito cozida, já pode e deve mastigar;

- Equilibrar as comidas que soltam ou prendem o intestino (ex: mamão e folhas soltam e banana e arroz prende);

- Respeitar os horários das refeições e acostumar o bebê a comer nos lugares apropriados para isso;

- Não forçar, agradar, brincar ou insistir para que a criança aceite a refeição, pois poderá gerar transtornos alimentares e emocionais;

- É importante desenvolver sensibilidade para distinguir o desconforto do bebê por fome e outros tipos de desconforto (por sono, frio, calor, fraldas molhadas, dor...)

- Não deixar o bebê comer o que quiser (fora das opções oferecidas) e a qualquer hora;

- Deixar que o bebê a partir de 9  meses pegue a comida com a mão, que sinta a textura e espalhe a comida no prato com sua própria colher, estimulando assim, sua curiosidade pelos alimentos e desenvolvendo sensações;

- Há uma fase natural de diminuição de apetite da criança, que acontece aproximadamente aos 2 ou 3 anos de idade. Ela começa a eleger apenas alguns alimentos como uma tentativa de mostrar, principalmente à mãe, que é um ser independente dela, que tem suas próprias vontades. Essa recusa é essencial para a construção do ego. Quando a mãe permite que seu filho lhe diga “não”, ele esta dizendo sim a si mesmo, fato que auxilia no processo de diferenciação de sua mãe e no treinamento para sua autonomia – aquisição essencial para a vida mental saudável.




Introdução dos novos alimentos:

Divisão de alimentos para introdução da alimentação:

1 – coxão duro, músculo, peito de frango ou fígado (ave ou boi)
2 – ervilha, grão-de-bico, lentilha e feijão, soja
3 – arroz, batata, beterraba, cenoura, mandioquinha, chuchu, abóbora, batata-doce
4 – agrião, alface, brócolis, espinafre, couve, escarola, repolho, couve-flor, vagem


Faixa Etária
Composição da Alimentação
Características da alimentação complementar

Até o 6º mês

Apenas leite materno

5 a 6 mamadas diárias.


6 meses completos


Leite + Alimentação com alimentos do grupo 1 e 2.

1 mamada pela manhã
1 papa salgada no horário de almoço, substituindo a mamada deste horário.
Mais 3 a 4 mamadas, de 3 em 3 horas.



6 meses e 7 dias



Leite + Alimentação com introdução do grupo 1 e frutas (banana-prata, banana-maça, mamão, abacate e maça)


1 mamada pela manhã
1 papa salgada no horário de almoço, substituindo a mamada deste horário e introdução de sobremesa (fruta). A sobremesa deve ser apenas 1/5 do que o bebê comer de papa salgada, para que não associe o doce como alimento principal.
Mais 3 a 4 mamadas, de 3 em 3 horas.




6 meses e 15 dias






Leite + Alimentação com introdução do grupo 4

1 mamada pela manhã
1 papa salgada no horário de almoço, substituindo a mamada deste horário.
1 fruta de sobremesa (1/5 do que comer de papa salgada)
1 mamada entre almoço e jantar
1 papa salgada no jantar (6 horas após almoço), com substituindo a mamada deste horário.
1 mamada antes de dormir.



7 meses completos






Leite + Alimentação

Introdução da gema de ovo cozida(somente gema) nas papinhas salgadas. Introduzir de forma gradativa, a cada 2 dias, até chegar a 1 gema inteira.
Pode haver variação de sobremesa, incentivando o consumo de derivados de leite, devido ao alto teor de cálcio.
Manter as mamadas.

9 meses completos


Leite + Alimentação

Gradativamente, passar a refeição para a mesma consistência da família, mantendo quantidade de refeições e de mamadas.

12 meses


Leite + Alimentação

Mesma comida da família, observando sempre qualidade dos alimentos.

Preparar a papa na proporção de medidas de colher(3:1:1:1), conforme ilustrado no quadro:

(3 colheres)
Cereal ou Tubérculo
(1 colher)
Leguminosas
(1 colher)
Proteína Animal
(1 colher)
Legumes e Veduras
Arroz
Macarrão
Batata
Mandioca
Inhame
Cará
Feijão
Soja
Ervilha
Lentilha
Grão-de-bico
Carne Bovina
Frango
Vísceras
Gema de ovo
Legumes
Verduras

Para fazer a papa, levar ao fogo médio meio litro d’água, a carne (esta somente após uma semana), uma pitada de sal e os demais ingredientes escolhidos (respeitando a ordem de introdução de cada um deles). Deixar cozinhar em fogo brando até que tudo fique bem mole. Passar em peneira grossa ou amassar com garfo e oferecer na consistência de um pirão. Se necessário, triture a carne  antes de servi-la e misture-a com os outros alimentos.

- Nunca usar liquidificador, pois a papa não deve ter a consistência de sopa, uma vez que esta não fornece a quantidade de energia suficiente ao bebê;

- Não engrossar a papa com nenhum tipo de farinha;

- Não utilizar temperos industrializados;

- Nunca usar panela de pressão para cozimento, pois a mesma eleva muito a temperatura dos alimentos, fazendo com que haja perda nutricional;

- Os elementos do grupo 4, por terem tendência laxante, devem ser introduzidos com cautela;

- Acrescentar 1 colher de óleo de soja ou azeite para elevar o valor energético da dieta, sem aumentar o volume. A colher de óleo ou azeite deve ser colocada sobre a comida, no prato. Além disso, a adição de gordura dá viscosidade à dieta, tornando-a mais macia e também melhora o sabor dos alimentos;

- Em caso de recusa de alimento salgado, a papa poderá ser levemente adoçada por 7 a 10 dias e o açúcar, gradualmente retirado e substituído por sal;

- Cuidado com o sal excessivo, que contribui para aumento do trabalho renal e favorece o desenvolvimento de hipertensão arterial na vida adulta;

- A fruta oferecida como sobremesa ajuda na absorção do ferro dos alimentos, principalmente das leguminosas e folhas verde-escuras;

- Não é aconselhado o uso de suco de frutas, mas somente da fruta amassada ou raspada, pois assim, se mantêm as fibras e evita-se o ganho de peso desnecessário somente pelo consumo de açúcar;

- Não substituir nenhuma refeição por leite

- Não devem ser oferecidas frutas como: Manga, uva, morango, abacaxi e kiwi, por serem alergênicas;

- Também não devem ser oferecidos frutos do mar (camarão, mariscos, lulas, polvo), peixes, carne de porco, comidas gordurosas, alimetos apimentados, chocolate, clara de ovo, castanhas e mel. Todos são considerados alergênicos;

- Oferecer água quando começar a alimentação complementar, para ajudar na melhor absorção dos nutrientes dos alimentos. Deve ser oferecida nos intervalos das refeições, no mínimo 3 a 4 vezes por dia.


Cuidados na fase de introdução da alimentação complementar:

- É uma fase de transição entre o leite materno e novos alimentos e, se não for bem conduzida, a criança corre o risco de adoecer, seja pela administração de alimentos inadequados (quantidade e qualidade), seja pelo risco de contaminação dos alimentos;

- No caso da mãe não poder mais amamentar, o desmame deve ser feito com cautela e de forma gradativa, para que tanto a criança, quanto a mãe não sintam;

- Na primeira semana de alimentação complementar, a criança poderá ter dificuldade em aceitar os novos alimentos e por isso ficará com fome após a refeição. Nesse caso, a mãe poderá oferecer o leite, mas diminuindo o tempo de mamada gradativamente em 2 minutos por dia, até que se suspenda ao final de uma semana.


O uso do leite de vaca após os 6 meses:

Antes dos 6 meses de idade, é recomendado apenas o leite materno e na falta deste, a fórmula infantil apropriada às necessidades nutricionais e de acordo com a faixa etária. Neste período, é proibido o uso de leite de vaca.

Existe uma divergência entre os pediatras se o leite de vaca pode ser introduzido após os 6 meses e antes de 1 ano de idade.

Segundo a literatura dominante, o leite de vaca não deve ser introduzido antes de um ano por ser insuficiente em uma série de nutrientes fundamentais para o bebê, entre eles ferro, zinco, selênio e vitaminas D, E e C.

Para o Dr. Henrique Klajner, o leite de vaca pode ser introduzido após 6 meses, desde que a alimentação complementar tenha sido introduzida com sucesso e a criança esteja fazendo todas as refeições corretamente.

Entretanto, deve ser utilizado o leite semi-desnatado, uma vez que o leite de vaca integral pode ocasionar sobrecarga de alguns nutrientes, como proteína, sódio, potássio e cloretos, que são fornecidos em excesso.

O leite de vaca pode causar intolerância à lactose em qualquer fase, independentemente de quando é introduzido na alimentação. Nesse caso, deve-se procurar um pediatra e suspender o uso.

Fontes:

- Sociedade Brasileira de Pediatria
- Dr. Henrique Klajner